Não, esta postagem não é sobre Lázaro, o psicopata assassino que precisa ser encontrado e colocado em uma prisão de segurança máxima até o fim da vida, ou até que a ciência encontre um tratamento para ele.
O monstro a que me refiro é outro.
Igualmente psicopata, igualmente assassino, mas, estranhamente, idolatrado por aqueles que vivem a repetir que “bandido bom é bandido morto”. E até por muitos que se dizem “cristãos”.
Estou a falar, é claro, de Jair Bolsonaro.
Afinal, se há alguém, além de Lázaro e de outros torturadores sanguinários, que também se enquadra na condição de um monstro furioso é o atual presidente da República.
É difícil encontrar um termo para classificar Bolsonaro de forma menos deselegante, ou até um paralelo no mundo animal, para o seu comportamento.
Não há como chamá-lo de pessoa e de nada que remeta aos seres humanos, já que lhe falta uma característica básica da nossa espécie: a empatia, a capacidade de sentir a dor do outro.
No reino animal, no qual há várias práticas “cruéis”, uma das piores é a de certas espécies de vespas que depositam seus ovos dentro de aranhas, para que sejam comidas vivas pelas larvas.
Só que vespas não têm noção de crueldade e nem sabem a diferença entre o bem e o mal.
Já Bolsonaro tem noção de tudo isso, sim.
Ele sabe que há milhares de pessoas morrendo de covid, em todo o Brasil, e que muitos dos que sobreviveram carregam problemas de saúde, talvez para o resto da vida.
Ele sabe que milhões de brasileiros choram a morte de pessoas que tanto amavam e das quais não puderam nem ao menos se despedir.
Ele sabe que há muitos filhos que crescerão sem o amor de suas mães, porque elas morreram de covid pouco depois de dar à luz.
Ele sabe que há mães e pais que sofreram a pior dor que se pode sentir neste mundo: a morte de um filho.
No entanto, ele não está nem aí.
Ele é incapaz de derramar ao menos uma lágrima, diante dessa tragédia.
Ele, que se diz “defensor da família” e que enche a boca para falar em Deus, é incapaz de dizer ao menos uma palavra de conforto às milhares de famílias devastadas, destruídas por essa doença.
É só “E daí?”, “Lamento, quer que faça o quê?”, “Todos vamos morrer um dia!”, “Deixem de frescura e mimimi! Vão ficar chorando até quando?”
É só gargalhada, passeios, churrascadas e até piadinha sobre a covid, como se o sofrimento de milhões de brasileiros não significasse nada.
É só aglomeração, guerra contra as vacinas e as máscaras, para que essa doença se espalhe mais e mais.
Pouco lhe importa se isso já nos custou, e ainda custará, milhares e milhares de vidas: homens, mulheres, idosos, jovens, crianças. Bebezinhos indefesos que acabaram de nascer.
Só o que importa à essa aberração é o próprio umbigo: é a sua sede de poder e o prazer que parece sentir no sofrimento dos outros.
Tudo o que ele quer é se reeleger – e já está até fazendo campanha para isso, com dinheiro público, aliás.
Bolsonaro quer é continuar agredindo, ameaçando, humilhando, principalmente mulheres, já que não passa de um covarde asqueroso.
Quer é continuar mandando e desmandando no Brasil, para que possa cometer toda sorte de crimes, à luz do dia e impunemente.
Nunca na História deste país tivemos um presidente da República sob suspeita de tamanha diversidade criminosa.
Há fortes indícios de que ele e os seus três filhos mais velhos estão envolvidos com milícias, homicídios, lavagem de dinheiro, corrupção, roubo de dinheiro público através de “rachadinhas”, fake news, atentados à Democracia.
Há suspeitas de que a família Bolsonaro estaria também dando cobertura a outras quadrilhas, para o desvio de bilhões de reais distribuídos ao Centrão, para o tráfico internacional de madeira e até para bandidos travestidos de empresários que lucraram horrores com a doença e a morte do nosso povo.
Quando que poderíamos imaginar que, em pleno Século 21, uma Nação como o Brasil estaria entregue à uma família como essa, que, se comprovadas todas as acusações, é a maior e mais perigosa organização criminosa que já vimos neste país?
No último sábado, o Brasil ultrapassou, oficialmente, a marca de meio milhão de mortos por covid-19.
É quase a população de Ananindeua, que tem 535 mil habitantes e é a segunda cidade mais populosa do Pará.
É como se quase toda a população de Ananindeua tivesse morrido em apenas 15 meses, a um ritmo superior a mil mortos por dia.
No entanto, as estimativas são de que o número real de mortos por covid, no Brasil, seja ainda maior, já que haveria uma subnotificação de 30 por cento.
Em outras palavras: é possível que já tenhamos, na verdade, cerca de 650 mil mortos, fora as pessoas que morreram poucos meses depois de deixar os hospitais, devido a problemas de saúde causados pela covid.
Se permanecermos na média de duas mil mortes diárias e nada for feito, teremos, provavelmente, mais 360 mil mortos até o final deste ano.
Só se acelerarmos a vacinação e convencermos as pessoas a usarem máscaras, adotarem medidas de higienização e o isolamento e distanciamento sociais é que conseguiremos salvar muitas dessas vidas.
Não, não há outra saída: é preciso tirar esse monstro enfurecido do poder.
Porque enquanto Bolsonaro for presidente, ele continuará fazendo de tudo para que as pessoas se contaminem.
Não há CPI, multas, STF que consigam detê-lo, como ele sempre fez questão de deixar bem claro, aliás.
Em sua mente perturbada, em seu caráter cínico, frio e autoritário, a Lei só se aplica aos outros.
Tudo gira em torno da “liberdade” dele, como se ela lhe desse o direito de atentar contra a Saúde, a Liberdade e a Vida de milhões de brasileiros.
Como se, em nome da “liberdade”, um ladrão, um assassino, pudesse invadir a minha casa, para me roubar e matar impunemente.
Se para Bolsonaro a presidência se tornou uma espécie de salvo conduto para a sua contumaz delinquência, para nós tirá-lo do poder virou uma questão de sanidade mental e até de sobrevivência: não podemos mais permanecer expostos à roleta-russa que é essa doença.
Não podemos mais ter as nossas vidas e os nossos sonhos como que “suspensos”, até que essa besta-fera morra ou renuncie.
Nós e nossos pais, avós, filhos, irmãos, amigos não merecemos isso.
E nem podemos nos “resignar” a isso por medo da fúria desse monstro e daqueles que o sustentam no poder, devido ao ódio que sentem do mundo e deles mesmos.
Bolsonaro tem de ser afastado da presidência o quanto antes; não dá para esperar pelas eleições do ano que vem.
Temos de pressionar cada vez mais nas ruas e no Congresso pelo impeachment dele.
E também para que enfrente o destino que deve ter todo e qualquer psicopata assassino: uma prisão de segurança máxima, até o fim de seus dias.
FUUUUIIIII!!!!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário