Ainda a entrevista do Puty
Já tomei umas e outras, mas, mesmo assim, vou responder o comentário abaixo.
Os demais responderei amanhã.
Segue o comentário que recebi:
"Mais de 20 mil estudantes de todo mundo se juntam em acampamento
O Fórum Social Mundial deverá atrair a Belém cerca de 20 mil estudantes de todo o mundo, que ficarão abrigados no acampamento para a juventude, no campus da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). É uma 'fauna' diversificada, responsável por alguns dos protestos mais criativos dos fóruns anteriores e que, até pela idade, tem um 'quê' de encanto radical. Exemplo: ao longo da semana, causou frisson o fato desses meninos e meninas terem dispensado os 'banheiros químicos' oferecidos pela Ufra. Porque preferem 'modelos ecológicos' - leia-se buracos cavados na terra - para satisfazer as naturalíssimas necessidades fisiológicas.
Talvez devido à diversificação da 'fauna' - o que, aliás, não é privilégio dos mais jovens - é que as discussões do FSM mais parecem uma barafunda temática: vão desde a apicultura, o governo eletrônico, a advocacia e as políticas públicas, passando pela amamentação, migrações, combate à violência e desmatamento, até a Capoeira e o Yoga. E talvez por isso, também, é que algumas das instalações do evento parecem derivadas do 'Arquivo X', a série televisiva sobre acontecimentos paranormais e extraterrestres. Exemplo: a 'Ecoaldeia da Paz', na UFRA, que teve origem na 'Tenda Galáctica' do acampamento da juventude (...)
Não é uma forma de chamar os participantes de animais?
http://www.orm.com.br/projetos/oliberal/interna/default.asp?modulo=247&codigo=396058
10:58 PM"
A minha resposta:
Maninho, vai te tratar!
Você precisa, urgentemente, de tratamento psiquiátrico, com eletrochoque, camisa de força e tudo o que doido tem direito!
Caramba, você não sabe ler, não?
Então, como é que se pretende jornalista ou formador de opinião?
Égua, será que eu vou ter que fazer, como sugerem alguns autores, que a gente escreva do lado de algum comentário, aqui no Brasil: “é brincadeira, é ironia”...
Caramba, como é que você pode imaginar que estou chamando as pessoas de animais, simplesmente por brincar com esse “encanto radical” da juventude?
Égua, é claro que ri do radicalismo deles – já tive essa idade, já fui assim e tenho hoje uma filha da idade desses meninos e meninas. Uma menina pra lá de bacana, que pensa igualzinho a eles.
Égua, como é possível tamanha ignorância, tamanha falta de compreensão textual?
Égua, você achou que chamei esses meninos e meninas de “animais” só porque falei em “fauna” diversificada, é?
Égua, se você nem sequer sabe ler, mas, se pretende letrado, como é que a gente pode, ao menos, começar a conversar?
Eu não sei nem o que te dizer, mano...
Caramba!...
Se ainda fosse alguém sem acesso à Educação e à leitura, eu até entenderia. Mas, um pretenso formador de opinião?
Sabe qual é o problema, mano?
É que eu sei que o problema é a tua incapacidade de leitura. Mas, como passei a minha vida inteira tentando escrever de forma compreensível, agora, vou passar o resto da semana me torturando, pra tentar compreender de que forma contribui pra te levar a essa “tortuosidade” de leitura do que escrevi.
Vou me consumir com isso – não, sem brincadeira, sem bebedeira, sem sacanagem: vou ficar lendo e relendo esse texto, pra tentar descobrir onde foi que errei.
E não quero mais nem saber se “onde” ou “em que” está mais bem colocado.
A minha preocupação, durante um bom tempo, estará voltada à possibilidade de entender como é possível analfabetismo funcional até entre jornalistas!
Égua, que isso dá uma tese.
E égua, que “já mi vu”.
Fuuuuuiiiiiiiii!!!!!!!!
PS: Olha, mano, já participei de dinâmica de grupo, já li alguma coisa de Psicologia e até entendo que antipatia provoca rejeição a priori. Compreendo, né?, que as pessoas sequer consigam ouvir, ou melhor, decodificar, o que diz alguém de quem elas não gostam.
Por isso, vou tentar racionalizar o seu caso por esse ângulo.
Embora que aparentemente mais “enrolada”, essa me parece uma explicação mais crível para o que você cometeu.
Égua, que você me fez até perder a vontade de beber. Vou dormir, mano. É que eu me senti tão “desconstruída”, que nem sei o que pensar...
Égua, se fosse a dona Maria que me dissesse algo assim, eu teria, juro por Deus, toda a paciência do mundo.
Mas, um jornalista? Pelo amor de Deus, mano!
Égua, que você me deixou numa agonia horrenda. Égua, meu Deus do céu, meu Deus do céu!...
10 comentários:
Ana Célia,
Não a conheço pessoalmente, mas pelo que sei, você é uma boa jornalista, competente, e não vai deixar de sê-lo por conta de toda essa discussão, assim como o Fábio Castro não deixará de ser um bom professor e crítico da nossa sociedade, sob a ótica de grandes pensadores franceses.
Não se desgaste demais com tudo isso. Pelo que você apontou sobre a própria trajetória, a tensão, a tristeza e o estresse não fazem jus a todo esforço que vens empreendendo para ter uma vida digna.
O confronto é positivo apenas se o debate trouxer aos envolvidos a possibilidade de refletir sobre a própria conduta, valores, credos. E foi essa a crítica feita em relação à cobertura do FSM. Pode ter sido uma interpretação truncada - pode ser -, mas a idéia era discutir mesmo, trazer à tona as múltiplas interpretações que podem ser feitas, inclusive no contexto de todo o texto, de uma simples palavra, "fauna".
Desculpe se a aborreci, não foi essa a intenção e não voltará a acontecer.
No mais, tenha um dia ameno e realmente bom.
Ana Célia, vou te dizer onde você errou: tratou o Fórum Social Mundial, um evento que reúne os movimentos sociais mais atuantes do mundo, de diferentes concepções ideológicas, como se fosse um "encontro de meninos e meninas". Na verdade, o FSM conta com o apoio e presença de lideranças políticas, inclusive estadistas, capazes de influir na geopolítica. Inclusive esses movimentos sociais vêm influindo. Não sei se você se preocupou em conversar com algum desses "meninos e meninas", e saber mais a fundo o que ele fazia ali. Com certeza você encontraria muita gente querendo só curtição, mas muito mais gente interessada nos debates. Você não saiu do senso comum, apenas ecoou o que seus leitores médios pensam e querem ouvir. Sem julgamento pessoal.
Alan
Ana Célia, a reação do Fábio à entrevista com o Puty é desprositada e a análise, miope. Isso mostra por que ele foi varrido do comando da comunicação do governo. Ele simplesmente não sabia o que estava fazendo.
Acho que vc tá chamando o sujeito de égua! rsrssrrsrsrsrrs
Oi, Alan, prazer em tê-lo aqui.
Deixa eu te esclarecer uma coisa.
O que está transcrito no blog são apenas dois parágrafos de uma matéria de meia página, se não estou enganada.
Trata-se, na realidade, de uma matéria de abertura, uma “comissão de frente”, digamos assim, do conjunto de matérias do jornal. Uma síntese do que já havia sido noticiado sobre o FSM e das reportagens que estavam sendo divulgadas naquela edição, que era justamente a de abertura do encontro.
É uma matéria produzida na redação. Não fui à fonte, quer dizer, às pessoas que participavam do fórum. Apenas peguei tudo o que tinha sido escrito nas edições anteriores e para aquela. Ou seja, fiz um trabalho de redatora – não de repórter.
Num caso assim, uma das principais coisas a fazer é tentar captar o “clima” de um evento desses, que nunca havia sido realizado em Belém. Até porque era essa a orientação do jornal: mostrar a grande festa do FSM.
Na verdade, Alan, uma matéria dessas funciona como um “chamadão”, vamos dizer assim (chamadas são aqueles resumos de notícias que vêm na primeira página de um jornal). E, num caso desses, você apela para o inusitado, o pitoresco, o fora do comum, justamente para capturar o leitor e levá-lo a percorrer todo o material ao qual o “chamadão” remete.
Além disso, em complemento a essa abertura, ou ainda dentro dela, já não me lembro bem, havia, sim, uma parte destinada aos grandes conferencistas do FSM. Só que isso talvez esteja em outro arquivo. Se não me falha a memória, fizemos até um infográfico de meia página em cima disso, de forma a chamar a atenção para as estrelas do evento.
Além dessa, acho que só fiz mais uma matéria sobre o FSM – novamente, uma matéria produzida na redação.
Também não participei do evento nem como cidadã.
Gostaria até de ter ido lá, dar uma olhada naqueles meninos e até naquela ampla distribuição de ayhuasca que teve lá (eh,eh,eh). Tinha pensado até em participar de uma oficina de jornalismo popular que houve lá, se não me engano. Mas, como estava trabalhando, não deu.
Outra coisa: creio que O Liberal também trouxe matéria específica sobre essa participação dos bam-bam-bans da política no evento.
Acho que, em caso de outras dúvidas, você deveria pegar as edições de O Liberal daquela época.
Eu, de minha parte, espero ter esclarecido essa minha parca participação na cobertura do FSM.
Obrigada pela visita. Volte sempre.
Ana Célia.
Oi, anônimo das 3:38. Também acho que o professor doutor extrapolou.
Acho, como já disse, que ele se deixou levar pelas próprias visagens.
Abs, Ana Célia
Oi, Wantuir. Eu não consigo ler seu comentário sem gargalhar...
Obrigado pela resposta, Ana Célia. Realmente não acompanhei a cobertura d'O Liberal sobre o Fórum, como também não costumo ler esse jornal. Entendi que trata-se de uma linha editorial do jornal, dar um destaque maior para o pitoresco, o inusitado.
Estou sempre por aqui, lendo o seu blog, desde a matéria do Hangar. Parabéns pelo trabalho.
Abraços
Alan
Controversus, o FSM foi tudo isso que vc falou, e também foi uma bagunça. Talvez tenha sido a edição mais bagunçada do evento. Fui convidado para um evento e tive que andar quase todo o campus profissional para encontrar a sala, que ninguém sabia onde ficava.
felizmente a criatividade é dom de pessoas boas, não vi nada de horripilante em sua exposição, na realidade tem muito idiota tirando uma de blogueiro. Acho que é razoável alguém não gostar de uma postagem, agora que faça uma crítica que convença onde foi o erro e não atacar as pessoas como cachorro doido de raiva. eu também ri muito. rsrsrsrsrsrrs Um grande abraço e me visite também.
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