Os Descobridores
Vou descobrir-te o caminho das Índias,
a América Prometida,
e os mares inavegados de teu corpo...
Hei-de encontrar-te a Boa Esperança.
E reunir-te, qual um Fernão de Magalhães,
os continentes dispersos...
Naufragarei em teus vendavais,
mas ressurgirei das ilhas remotas.
E de novo tornarei a possuir-te...
Roubar-te-ei o ouro, as especiarias,
as pedras com que te adornas
no refulgir de cada dia.
Serei o teu astrolábio,
e tu, a minha bússola bendita.
Juntos, aportaremos em Vera Cruz.
E faremos... um do outro...
o Cruzeiro do Sul.
Lisboa, 1988
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