sexta-feira, 13 de julho de 2007

cara a cara I



Frente a frente com a bola



Sabe qual é o problema? É que vocês têm medo desse merda. E aí ficam torcendo para que apareça alguém que o conteste.

Caralho! Sujeito usa um tal de “propinoduto” e outros termos que desqualificam o que diz.

E eu, agora, Baratão, vou te dar uma lição “de grátis” de jornalismo.

Não adianta odiares o sujeito contra o qual escreves. Porque o leitor está se lixando para os teus sentimentos.

O leitor não quer saber se gostas ou desgostas, como repórter, de quem quer que seja,

Ele não quer saber do teu julgamento – quando muito, quer saber se sentiste dúvida, na hora de transmitir alguma coisa a ele. Aliás, o leitor, de forma saudável até desconfia de ti, sempre que afirmas, enfaticamente, alguma coisa.

O leitor está de saco cheio de certezas. Que essas ele já tem na hora em que vê as contas de água, luz e telefone.

Quer espaço para pensar. Para exercitar o que não lhe foi deixado, nem nas margens, por tudo o que já sabe exato.

Quer, em suma, participar.

Gostaria de escrever mais sobre isso, e se não fosse esse verme, até escreveria – o frente a frente de nós, repórteres, com o leitor.

Adoro isso. Porque penso nisso o tempo inteiro.

Não tenho qualquer outra pretensão em jornal.

Quero ser repórter – uma grande repórter. Essa, aliás, é a única função que me atrai no universo de um jornal.

O dia em que não puder ser repórter, vou me embora. Vou vender cachorro quente.

Chegou. Vou beber. FUUUUUIIIIIII

Vai tomar no cu, Barata-gay!

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