Pelo fio, o Barão de Inhangapi confidencia que já arranjou maneira de se livrar das reclamações de nepotismo: vai transferir a parentada para a esfera municipal. Uma já foi. Outra, a irmã, foi vista saracoteando nos salões de Belém.
Barão é gente boa com a família: Duzinho aumentou em sete vezes o patrimônio visível, desde a ascensão de titio. Show do milhão. Égua da dupla calibrada!
Qualquer dia faço um tricô sobre as aventuras do Barão de Inhangapi.
Sujeito completamente bilé. Quando novo, ficava se balançando pra trás e pra frente, sempre que se sentia angustiado – o que acontecia com freqüência irritante.
Também não dizia coisa com coisa: seus discursos se assemelhavam ao Humanitismo do Quincas Borba. Ou àquela tirada da “Bastilha da razão humana”. Deveria ser trancafiado na Casa Verde. A bem do serviço público.
Mas o Barão de Inhangapi é craque em conta de merceeiro. Por isso, faz dinheiro como ninguém. Tá cada vez mais rico. Apesar de ter nascido sem ter no rabo o que periquito roesse.
Sujeito poderoso. Maleável a qualquer interlocutor. O próprio Zelig, o homem-camaleão.
Um artista, sim senhor. Sempre obcecado em transformar a própria vida num épico. Tadinho! Não sabe que quem nasceu pra Páris nunca chega a Heitor...
Figura interessantíssima, o Barão. Penso até em convidá-lo a colaborar mais vezes com essa página. Vai ser um tal de barata avoa...
Um comentário:
Éeeegua Dona Perereca, agora a senhora arrasou! Aproveito para consertar um erro no comentario do tópico acima, eu pretendia chamá-la de boa (no bom sentido), mas escrevi bom. Coisa de girino, né?
Gostei desse título, Barão de Inangapi. Além de tratar os desafetos com nobreza, ainda valoriza o município que o acolheu tão bem em suas terras, e ponha terra nisso. Parabéns, mais uma vez. Se depois do carnaval a senhora voltou desse jeito, carcule depois da Semana Santa, quando a senhora fizer aquele jejum.
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