Vou-me a outras bandas,
outras terras, além Tejo.
Onde os dias não exalam teu perfume,
onde as cores não espelham teus cabelos.
Vou-me, qual um fado!
Rua em rua a luminar Alfama
a um canto de teu quarto.
Vou-me,
mágica qual a noite
a fecundar sonoros desejos.
E se de morte, enfim, forem essas terras.
E de negro se cobrir o azul do Tejo,
que em meu peito, ai!, se encontre a sepultura,
desse corpo que no meu é uma prece!
Belém, 1988
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