Sério mermo que vocês acharam que tinham se livrado de mim?
Égua do pessoal!...
Intonci, vocês acharam mermo que eu aia aficá de fora dessa jogatina?
Mas quandu, mermão!..
Mas se avai assê a maió jogatina que já se aviu no Pará, desdi aquandu eu mi intendu pur genti!...
Ficha por ficha, mano a mano, ou, melhó adizendo: dá-lhe, que eu te arrebento!...
Vai assê aquinem aquele filme do Pacino e do De Niro: Fire contra Fire – i assalve-se aquem apudé!...
E vocês acharu mermo que esta dotôra in beng-beng num aia adá as cara a tapa?
Mas si inté o Jatene e o Orly aiam aficá tristinhos, tristinhos, amacambúzios, acoitadinhos!, a perguntaire a toda gente: mas cadeire a Perereca? Cadeire? Mas assim o jogo não tem graça, ora pois!...
A Perereca da Vizinha volta depois da Páscoa, amantíssimo leitor!
Posso chamá-lo assim, não posso?
Afinal, são oito anos de intimidade, cumplicidade...
É verdade, tivemos muitas idas e vindas...
E você, por vezes, teve de ter uma paciência de Jó!...
Mas tem sido bom pra você também, não tem?
Tanto assim que você continua entrando na Perereca, mesmo com ela paradona (vai que um dia ela acorde, né não?...).
E eu só queria é que você soubesse o quanto a sua companhia é prazerosa.
O quanto eu me sinto até envaidecida em tê-lo aqui neste cafofo.
O quanto me toca e me faz seguir em frente a confiança que você demonstra neste blog.
À exceção do Sindifisco (e a gente tem de tirar o chapéu pro Sindifisco) A Perereca da Vizinha não tem a ajuda de ninguém.
Não é badalado pelos jornalões (embora já tenha até manchetado os jornalões...). E, mesmo assim, faz um barulho danado...
Então, é claro que é você o responsável por isso.
Você, amantíssimo leitor, que distribui as postagens deste blog nas redes sociais e através de emails – ou até que reproduz as reportagens do blog em jornais por todo o interior do Pará.
É verdade que, por vezes, eu gostaria de ir embora.
Afinal, às vezes me sinto como se andasse a quebrar uma pedreira...
E aí eu olho para o meu jardim, repleto de borboletas, passarinhos, rosas, jasmins...
E penso que essas cores, esses cantos, esses perfumes são extraordinários demais para que se busque algo além...
Mas aí eu me lembro que essa vitória não me pertence – ela é sua, também.
Ou até principalmente sua, já que você deve ter quebrado muita pedra para tornar acreditado e conhecido um blog jornalístico chamado “A Perereca da Vizinha”...
E uma coisa a gente pode dizer deste blog, né não?: este nome foi mesmo inesperável...
No entanto, a Perereca não poderá retornar com esse nome.
E essa, confesso, é uma das decisões mais difíceis que já tomei.
Há pelo menos quatro anos, eu sei que não há como tentar garantir sustentabilidade a um blog jornalístico chamado A Perereca da Vizinha.
Simplesmente, porque ninguém vai anunciar em um blog com esse nome.
A exceção tem sido o Sindifisco. Mas, a par de todo o esforço do Sindifisco, essa ajuda não é suficiente.
A Perereca da Vizinha penou nas mãos do PSDB.
Penou nas mãos do PT, e está penando, que nem sovaco de aleijado, novamente, nas mãos do PSDB.
Daí que é previsível que penará, também, nas mãos do PMDB.
Isso porque inexiste maturidade democrática no estado do Pará.
Quem assume o poder, não consegue enxergar a sociedade como aliada.
E a imprensa, que é a maior fiscal da sociedade – que me perdoe o MP – acaba por ter apenas duas alternativas: ou se corrompe, ou acaba no limbo.
Toda a adiposidade que possuía foi-se embora nesses quatro anos de governo Jatene – não tenho mais, não há mais.
Daí que, qualquer que seja o resultado dessas eleições, haverá diante de mim um deserto para o qual eu já não possuo nenhuma condição financeira.
Além disso, a vida foi me mostrando que determinados atalhos podem até parecer bacanas, mas, ao fim e ao cabo, só te atormentam...
Daí que a principal tarefa que vejo hoje é garantir sustentabilidade a este espaço jornalístico, um dos poucos que, ao menos, tenta ter um mínimo de respeito a você, amantíssimo leitor.
Se eu quero isso? Não. Prefiro mil vezes o cantar dos passarinhos, o bailar das borboletas, o perfume das rosas e jasmins.
Mas este blog – e você que o acompanha desde o começo sabe disso – acabou por assumir uma função que não deveria ser dele: ser quase a única janela escancarada à liberdade de informação neste estado infeliz.
Lamento que seja assim.
Não tenho pinta de heroína e nem acredito em heroísmo – até porque conheço (e penso) a figura do “herói” (leiam, por favor, “O Heroi das Mil Faces”, do Joseph Campbell – é magnífico!).
Além disso, sei que todo homem médio é capaz de atos heroicos em defesa de alguma coisa que ama ou em que acredita.
No entanto, eis-me aqui a lutar, heroicamente, pela liberdade de informação...
É quase cômico... Quase... Evangélico!...Quase... Messiânico!!!...
Mas deixemos as meditações filosóficas para futuramente.
Presentemente, temos é de garantir a sobrevivência deste espaço.
De sorte, que a Perereca da Vizinha ficará apenas para acesso a tudo o que foi publicado até aqui – e tenho pensado em formas de facilitar e de deixar bem explícito esse acesso, especialmente, aos posts de maior repercussão.
O outro blog que lançarei, esse sim, será para as novas reportagens.
Pensei em lançar o blog Pará de Fato – e até registrei e configurei.
Mas acabei por considerar que o blog da Ana Célia Pinheiro ou da Ana Célia será menos traumático.
Até porque o meu nome – embora nunca tenha feito disso cavalo –de- batalha – acabou atrelado à Perereca da Vizinha.
E eu só espero é que vocês tenham por esse novo blog a mesma confiança e o mesmo carinho que sempre demonstraram pela Perereca.
Viva a Perereca da Vizinha!
Viva a força da sociedade!
Viva a liberdade de informação!
Pra vocês:
6 comentários:
Parabéns para nós perereca, que continuaremos a lê-la.
Espero nesta reentree que voce ache defeitos tambem no PMDB e PT.
Afinal, aguardávamos pressurosos o seu retorno!
Em meio a tantas más notícias, presos queimados vivos, ponte derrubada, polícia em greve e outras tantas, Eis que recebo a melhor notícia de Abril. Ana Célia de volta!
Estavamos ansiosos. Agora tenho certeza de que a barra vai pesar. Vida longa Ana Célia.
Cara Ana, não te conheço pessoalmen-
te, mas teu blog e tu são indispensáveis na imprensa paraense.
A minha consideração e apreço.
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