sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Maneschy apoia Edmilson. E aí?





Ao criticar o apoio de Carlos Maneschy, do PMDB, a Edmilson Rodrigues, o PSDB está apenas tentando "dividir para reinar".

O que se pretende é que integrantes do PSOL e do PT,  “ofendidos” por tal apoio, passem a hostilizar os peemedebistas, para que eles não sigam o exemplo de Maneschy e descarreguem seus votos em Zenaldo.

E, ainda, que esses integrantes do PSOL e do PT anulem seus votos, ajudando, sem nem perceber, na vitória de Zenaldo.

Sim, porque em uma eleição apertada como esta, anular o voto é, no fundo, ajudar aquele que possui maiores recursos materiais, no caso, o candidato da máquina.

Então, vamos combinar:

1-Quem está apoiando o Edmilson é o Maneschy, ex-reitor da UFPa, contra o qual, até onde se saiba, não existe qualquer tipo de acusação.

2-O golpe de Estado não é chamado pra esta eleição, na qual o que se vai escolher é, simplesmente, um administrador pra Belém. E ainda que fosse, o PMDB, ao contrário do PSDB, não marchou unido nesse golpe. Basta lembrar do Roberto Requião e da Kátia Abreu, e dos votos da Elcione e da Simone Morgado, contra a abertura do processo de impeachment, pra perceber, claramente, isso.

3- A “contaminação” do PMDB não passa através das teclas da urna eleitoral.

4-O hipócrita do PSDB não tem moral pra criticar o apoio de peemedebistas, ou até do PMDB, a quem quer que seja.

Os mais jovens talvez não saibam, mas Jatene só ganhou as eleições de 2002, contra a Maria do Carmo (PT), porque teve o apoio decisivo do PMDB.

O mesmo aconteceu em 2010, quando o PMDB apoiou o Jatene contra a Ana Júlia Carepa.

Durante todo o tempo em que os peemedebistas apoiaram o PSDB, eles nunca foram considerados “companhias impuras”. Pelo contrário: era “Deus no Céu e “São Jader” na Terra...

Agora, no entanto, os tucanos espalham nas redes sociais toda sorte de críticas ao apoio de Maneschy a Edmilson.

Já vi tucano dizendo que o apoio do Maneschy ao Edmilson  é “formação de quadrilha”. 

Avalie, né mesmo: tucano falando em “formação de quadrilha”... 

Logo eles, que têm como ícones, no Pará, o Chico Ferreira, o Marcelo Gabriel, o Simão Jatene, o Beto Jatene, o Eduardo Salles, o Orly Bezerra... Tudo gente boa!... Tudo gente com cartão Yamada!... 

E já vi até tucano dizendo que, por causa desse apoio, Edmilson  “beijou as mãos honradas de Jader Barbalho”. 

Ora, caro leitor, quem deve ter beijado, e muitas vezes, as mãos do Jader é o Simão Jatene, que foi até carregador de pasta dele. 

Ou alguém aí já se esqueceu de que o Jatene foi o secretário de Planejamento do Jader, na década de 1980? 

E não apenas secretário de Planejamento: era o homem de confiança, o “homem da mala”. 

E a afinidade entre os dois era tão grande que o Jader até levou o Jatene, pra secretário-executivo dele, quando comandou os ministérios da Previdência e da Reforma Agrária. 

Aí eu fico pensando: o Jatene deve ter ficado muito traumatizado daquele tempo em que era tão lambaio, mas tão lambaio, que até beijava as mãos do Barbalhão. 

E vai ver que é por isso que ele até esconde esse período da vida dele, em que chegava com o Jader e dizia: “táqui o cafezinho, chefinho!”; “senta aqui nessa cadeirinha, chefinho, que é pra você não ficar cansadinho”. 

É muito perobal, né não? 

O único sujeito que sempre rejeitou qualquer acordo com o Jader foi o Almir Gabriel – que era duramente criticado por isso, dentro do PSDB. 

Mas o Jatene e o grupo dele sempre fizeram "de um tudo", pra ter o apoio do PMDB. 

Por isso, caro leitor, quando alguém vier lhe dizer que o Edmilson “beijou as mãos do Jader”, só porque recebeu o apoio do Maneschy, diga pro sujeito: “Mas mano, a única pessoa deste estado que sempre beijou as mãos do Barbalhão é o teu patrão, o Simão Jatene, que foi até menino de recado, lambaio, serviçal do Jader”. 

E pague um “Antiperobex” pra essa anta, que é pra ver se ela toma vergonha na cara. 

FUUUUIIIIII!!!!!

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