quarta-feira, 26 de maio de 2010

Muito obrigada a todos vocês!

Quero agradecer, do fundo do coração, a todas as pessoas que me enviaram e-mails e me telefonaram, a desejar-me um pronto restabelecimento.


Muito obrigada à Vera Paoloni, à Maria Eugenia, à Rita Soares, à Bia, à Walkyria Santos, ao Diógenes Brandão, ao pessoal do Na Ilharga, da Folha de Tucuruí, do Ananindeua Debates, e a todos os anônimos e amigos que torceram pela minha recuperação e que até se prontificaram a me ajudar.


Que Deus olhe pra todos vocês com a mesma ternura, com a mesma infinita misericórdia que vocês olharam pra mim.


Que Deus Seja em relação a vocês, como vocês foram em relação a mim.


Tenho fé em Deus que não vou precisar me operar – e esse, devo confessar, será sempre o meu maior medo.


Depois de passar sete meses em uma cadeira de rodas, há uns sete anos, jurei pra mim mesma que prefiro morrer a passar novamente por tal situação.


Já disse isso a Ele, aliás: simplesmente, não tenho estrutura emocional para voltar a enfrentar uma cadeira de rodas.


É certo que tirei daqueles tempos grandes lições: perdi em deísmo antropomórfico; ganhei em Humanidade...


Reaprendi a acreditar em Deus e nas pessoas; aprendi a ver não apenas a crueldade, mas, a solidariedade das pessoas – ou seja, a mais bela e essencial característica daquilo a que chamamos “Humanidade”.


Revi a minha vida, valores, pessoas.


Cresci, naqueles sete meses, mais do que em muitos e muitos anos da minha vida.


Compreendi, na própria carne, a desumanidade das cidades que construímos, e que excluem as pessoas fisicamente fragilizadas: deficientes, idosos, grávidas, crianças.


Vivenciei a epopéia que é deslocar-se de uma esquina a outra, nesta nossa tão desumana Belém, a qualquer pessoa que não seja simplesmente “perfeita” – quer dizer, que não padeça nem mesmo de unha encravada.


E vi-me, muitas vezes, angustiada ao pensar na situação daquelas pessoas que, em cadeiras de rodas, ou a necessitarem de muletas e andadores, simplesmente não possuíam as mesmas condições econômicas que eu.


Não há dúvida de que toda essa vivência me trouxe ganhos inestimáveis.


Foi como se tivesse reaprendido a beleza e o sabor de tantas coisas, que, por vezes, consideramos pequenas - e que são aquilo que importa, de fato, naquilo a que chamamos vida: solidariedade, empatia, Deus, a família, as pessoas... A Humanidade que, apesar de tudo, resiste em nós.


Mas não tenho estrutura emocional para enfrentar algo assim novamente – por mais forte que pareça, não tenho mesmo.


Quando sofri, em 2002, aquele acidente que literalmente pulverizou o meu joelho esquerdo, eu era praticamente uma atleta: passava três horas por dia em uma academia de ginástica e estava me preparando para realizar um sonho, que era dedicar-me à escalada.


Acho que deve ser uma sensação extraordinária escalar um paredão, uma rocha, só com a força dos braços e das pernas, a sentir o vento a nos beijar o rosto – enquanto a gente contempla, lá de cima, toda a beleza do mundo...


Mas isso é coisa que vai ficar pra minha próxima encarnação, né mermo?


Só ainda curvo um pouco o meu joelho porque sou o diabo de uma pessoa teimosa: em 2004, numa campanha política, subia e descia de um trio elétrico.


É verdade que subia e descia “de gatas”.


Mas, subia e descia.


Mas também não tinha o peso que ganhei de lá pra cá...


Acho que tenho é de me conscientizar que a principal passagem do tempo é orgânica: a gente envelhece - quer queira, quer não.


A mente até pode ser jovem. Mas o corpo jamais nos acompanhará!...


E sei que preciso perder peso, desesperadamente.


Embora ainda não saiba, exatamente, que fórmula mágica me ajudará nisso.


Antes desse acidente, eu tomava açaí, quase todos os dias, para diminuir a celeridade da perda de peso, de forma a dar tempo à adaptação do corpo e a permitir que houvesse queima de gordura – e não de massa muscular.


Hoje, com essa enorme tendência a engordar que tenho; redução metabólica, pelos meus 50 anos; impossibilidade de praticamente todos os exercícios aeróbicos, inclusive esteira; falta de dinheiro para tratamentos mais caros e invasivos; e necessidade de conciliar tudo isso com a sobrevivência, preciso ver o que é que vou fazer...


Mas, não vou me queixar, não: tenho é muita sorte de estar viva!


Fui cuspida de um carro em alta velocidade e sobrevivi – e sem ter ficado tetraplégica, vejam só!


Dou graças a Deus por isso, todo santo dia.


E todos os desafios que se põem à minha frente, desde então, são, ao fim e ao cabo, café pequeno.


Novamente, muito obrigada a todos vocês, queridinhos!


Vou ali e já volto.


FUUUUUUIIIIIIIII!!!!!!!!


E vumbora, vumbora, que isso é 2010!


6 comentários:

Anônimo disse...

Desejo que voce se recupere e continue a nos brindar com mais assiduidade com seus brilhantes e esclarecedores comentários.

CJK disse...

Ana Célia, viajei por uns dias, não soube que você estava no "estaleiro". Fico satisfeito de lhe reencontrar no blog. Saúde e sucesso!

Anônimo disse...

Ana Célia vc sabe que mora no meu coração, apesar de me negar há anos aquela cerveja hehehe
Precisando é só chamar
Rita Soares

lapaoloni.blogspot.com disse...

Mana,

vamos tomar uma gelada pra comemora o teu retorno em grande estilo.
Grande e carinhoso abraço
Vera Paoloni

nelson marzulo disse...

QUAL É A MAIOR OBRA DO GOVERNO ESTADUAL? ROTATÓRIA DA ANA JÚLIA! SERÁ?

Quando me deparei com um imenso outdoor informando da inauguração e funcionamento da rotatória, indicando essa obra como uma GRANDE obra do governo estadual, vejo que os feiticeiros de plantão querem mais uma vez ofender a minha inteligência, pois apresentar um elevado com acesso circular como uma GRANDE obra e despertar a ira até de quem é ou era militante de carteirinha do PT, graças a Deus não fui acometido desse mal.

Vejamos, devemos fazer um comparativo e, por conseguinte uma análise aprofundada dos benefícios dessa obra (se é que tem), com outras obras estruturais de governos anteriores, para podermos definir como uma GRANDE obra ou apenas uma obra de fachada, ou até duvidar da visão megalômica do governo estadual, porém poderíamos atribuí-la de “cara” como uma obra de prefeito e não de um governador de estado.

Façamos uma reflexão comparativa, de dois prefeitos da capital, o atual e do anterior, cujas obras tiveram maior relevância social e melhor trafegabilidade no trânsito do que a rotatória da Ana Júlia (a partir de agora vamos batizá-la de rotatória da Ana Júlia), no nosso entendimento, a obra realizada pelo ex-prefeito Edmilson Rodrigues, revitalizando a Avenida Almirante Barroso, que eram quatro pequenas vias de acesso a Capital, em duas grandes vias (garantiu uma maior trafegabilidade), como também a obra realizada pelo prefeito atual, Duciomar Costa, urbanizou e disciplinou à Avenida Duque de Caxias, aliás obras muito mais importantes do que a “rotatória da Ana Júlia”.

Para finalizar destaco com uma leitura básica infantil, merecedora em descobrir porque é chamada de GRANDE a obra “rotatória da Ana Júlia” do governo estadual, indico uma das fábulas de Esopo, cujo o conto é sobre um terremoto provocado ao redor de um vilarejo, onde o epicentro era o pico de uma montanha, quando terminou apareceu um ratinho, num linguajar mais popular, a montanha pariu um ratinho. Isto é, essa obra chamada de “rotatória da Ana Júlia”, é uma estrondosa propaganda (tremor da montanha) para informar o nascimento de um ratinho (pequena obra). Para finalmente encerrar essa tremenda estória de mal gosto, torço e espero que pelo menos o governo estadual termine o que começou, anexo da Santa Casa, em memória dos recém nascidos mortos pela simples falta de estrutura física e material.

a)Nelson Marzullo Maia – advogado

Anônimo disse...

Deus a abençoe,renovando sua saúde!
Abraços!
Rose.