segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

municipais 7

Fala o PSDB: Flexa Ribeiro



Apesar de afastados das máquinas federal e estadual, que ajudaram na conquista do maior número de prefeitos e de vereadores paraenses, nas eleições de 2004, os tucanos também estão animados com as municipais.

“O nosso objetivo é ampliar a nossa participação, em relação a 2004” – diz o presidente regional do PSDB, Fernando Flexa Ribeiro.

E acrescenta: “Essa participação foi reduzida com a migração de companheiros para outros partidos e a nossa expectativa, agora, é essa ampliação. É evidente que, se pudermos chegar ao que tínhamos antes, isso será excelente”.

O senador observou que, embora estas eleições sejam “o primeiro passo importante para 2010”, elas terão um caráter “indicativo”, mas não “determinante”: é que o eventual desgaste dos prefeitos, agora eleitos, poderá até reverter o quadro político.

Flexa disse que a idéia é intensificar a presença do PSDB no Pará, para que tenha possibilidade real de retornar ao comando do estado, em 2010.

Acentuou que o partido não pretende “o poder pelo poder”. Mas, a retomada de um projeto “já testado ao longo de doze anos e que é bem diferente dessa gestão desastrosa do PT, no Pará”.

Negou, porém, que exista uma torcida tucana pelo fracasso da aliança entre petistas e peemedebistas, para que o PSDB possa retomar, em 2010, a noiva que lhe foi arrebatada na eleição passada: o PMDB.

_Nós não trabalhamos com sentimento de torcer para que as alianças dos outros partidos sejam desfeitas. Trabalhamos é na expectativa de novos aliados. Ou de recuperar aliados, para fortalecer o nosso candidato – afiançou.

E acrescentou: “As alianças começam agora!”.

Flexa disse que o PSDB não tem a pretensão de assumir o comando de todos os municípios, mas estará presente em todos eles: disputará onde tiver condições de ganhar e comporá chapa, nos demais.

Daí que esteja aberto a alianças “com todos os partidos, menos com o PT”.

Reconhece que, até pela importância política na Região Metropolitana, é inevitável que PSDB e PMDB tenham candidaturas próprias em Ananindeua.

Mas, acentua, isso não inviabilizará “parcerias” em outras cidades:

_ “Ananindeua é importante, mas, em outros municípios também teremos esse problema. É o caso, por exemplo, de Marabá, Conceição do Araguaia e Redenção, onde PSDB e PMDB terão candidatos próprios. Mas, haverá municípios em que estaremos juntos. Evidente que Ananindeua vai ser objeto de conversações, para chegarmos a um consenso. Mas, é difícil, porque o Helder e o Pioneiro são candidaturas em movimento; é difícil frear. É preciso que algum deles desista, mas nenhum tem essa intenção”.

Flexa lembra que, em 2010, pesará, também, a eleição à Presidência da República, na qual o quadro é favorável aos tucanos.

“Somos o único partido com candidatura consolidada: o Serra e o Aécio”, gaba-se o senador, “E o PT sem o Lula não tem nome com consistência eleitoral”.

Flexa negou que o PSDB esteja rachado, com a disputa entre os ex-governadores Almir Gabriel e Simão Jatene:

_ “O PSDB não está fracionado; está unido. O que houve foi a saída (de cena), por vontade própria, do ex-governador Almir Gabriel. Mas isso não fraciona o partido. Ele não participará diretamente das eleições; vai se retirar dos embates eleitorais. Mas continuará usando a sua liderança para fortalecer o PSDB”.

A Perereca quis saber se os problemas entre Almir e Jatene são, apenas, de ordem pessoal, ou se há estremecimento entre os grupos que representam. Disse Flexa:

_ “Existe uma questão que o tempo vai corrigir, mas, pessoal. Politicamente, eles pensam da mesma forma.

Quanto à Belém, disse que, em princípio, o PSDB deverá ter candidato próprio, já que a orientação da Executiva Nacional é para candidaturas próprias, nas 250 maiores cidades brasileiras.

E, de acordo com Flexa, o candidato de consenso a prefeito de Belém é o ex-governador Simão Jatene, que, no entanto, “reage” à proposta: “Ele (Jatene) quer vir ao Governo do Estado, mas, nós queremos que ele comece pela PMB”.

Mas, se Jatene quer o governo, como é que fica a situação do senador Mário Couto, também de olho na mesma cadeira? – quis saber a Perereca.

Disse Flexa: “O Mário tem pretensão ao Governo do Estado, mas, só postulará a indicação, em função da situação eleitoral que tiver na ocasião. Mas ele não criará nenhum entrave ao Jatene”.

Além de Jatene, segundo Flexa, também são ventilados, para a PMB, os nomes de Paulo Chaves e Zenaldo Coutinho.

E sobre a possibilidade de apoio à candidatura de Valéria Pires Franco, do DEM, o tucano deixou a porta entreaberta:

_ “A nossa primeira possibilidade é a candidatura própria; a segunda, uma aliança. Podemos manter a aliança com Duciomar – já que a vice-prefeitura de Belém é do PSDB; o Pioneiro, apenas, deixou o cargo. Outra opção é a aliança com o DEM, que não está descartada. Mas, a nossa primeira opção é a candidatura própria. Tudo dependerá das pesquisas e do trabalho que será feito. O processo ainda está embrionário”.

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