domingo, 24 de setembro de 2006

Desabafo


Resposta à gentalha



Sinceramente, ando me sentindo algo que, indignada, com alguns comentários que tenho recebido.

Apesar do meu espírito democrático – e, quem me conhece, sabe da enormidade da minha tolerância – creio que há sorte de gentalha extrapolando.

Tais excrementos insinuam, de todas as maneiras, que devo algo a alguém. Mas, a quem, afinal?

Ao que me recordo, vi-me em uma cadeira de rodas, durante sete meses, levando bicudas de todos os lados. Porque essas coisinhas imaginavam que, em cadeiras de rodas, eu estaria indefesa. Avalie! Nem dormindo...

Lembro-me de bater à porta de colegas e de amigos e de não obter, sequer, resposta aos telefones que dei.

Lembro-me de pedir, implorar, contemporizar, como é, aliás, desse meu infeliz feitio.

Lembro da minha filha, então com 13 anos, angustiada.

Lembro de não saber como pagar o aluguel do apartamento onde moro.

Lembro das panelas e panelas de comida que tive de aceitar de minha mãe, para não passar fome.

Lembro do medo, da angústia que me consumiam, diante do fato de não ter como conseguir emprego, em tais condições.

Porque as ameaças eram permanentes: eu seria atirada, literalmente, na rua da amargura, em cadeira de rodas.

E não havia porta que se me abrisse. Nem sombra de misericórdia. Porque todos os caminhos haviam sido fechados por um encosto, uma espécie de exu das sete encruzilhadas...

É engraçado: eu, muitas vezes, ao disparar um míssil, senti pena. Confesso que, em várias ocasiões, minha mão quase tremeu...

Mas, não me parece que essas criaturas “angelicais” tenham sentido o mesmo.

Pelo contrário: se não fizeram mais, foi porque EU jamais permitiria que fizessem mais!

Contemporizo, peço, imploro, deixo até pisarem em mim, quando se trata de manter a paz.

Mas, em declarada a guerra, não esperem de mim a mínima piedade.

Agora, choram. Esperavam o quê?

Vivo do meu trabalho e sei que tenho um talento nato para fuçar, para investigar. Não preciso de muito: bato os olhos em uma informação e sei o quanto é importante. Tenho o faro que todo o repórter deveria ter em relação à notícia.

Esperavam o quê?

Estão se queixando de quê?

Noticiei alguma coisa errada? Por favor, se for assim, me digam – e comprovem. Porque eu provo. Com carradas de documentos oficiais.

Queriam o que, as santas, as puras, as donzelinhas de beira de cais?

Queriam que passasse quatro anos me fingindo de morta, como fizeram tantos?

Mas, por quê?

Sou, por acaso, alguma imbecil ou incompetente, que precise apelar a tal coisa?

Desde quando a minha integridade, a minha honra, foi posta nas rifas da canalhada?

Traí a quem? Escalei o poço sozinha! E ainda hoje estou tentando reconstruir a minha vida; retomá-la do ponto em que se encontrava, quando sofri aquele acidente, em outubro de 2002.

Até hoje, vejam só a enormidade do estrago!

Não pedi emprego a ninguém do Governo: quando me preparava para deixar o governo – porque havia recebido proposta de trabalho do Diário do Pará e de mais duas assessorias – fui CONVIDADA a permanecer. E, burra que sou, com essa minha mania de conciliação, aceitei.

E vêm essas bestas-feras, esses protozoários que se imaginam gente, essas aberrações da natureza tentar me impingir defeitos de que jamais padeci: trairagem e covardia.

Logo eu – e essas peças sabem bem –, que abomino linchamentos. E que, se vivesse nos tempos da Inquisição, teria sido, certamente, queimada viva, por defender quem estava sendo mandado à fogueira.

Logo eu, que sempre dei a cara à tapa, quando a ratalhada se escondia.

Logo eu, que padeço de fidelidade canina, pelas causas que abracei ao longo de toda a vida e que não tenho um palmo de terra no cemitério.

Logo eu, que tive a coragem de sustentar ser tucana, mesmo me abrigando entre petistas e peemedebistas, ou me filiando ao PSB.

Quem, dentre esses cacetes, tem tal cacife?

Quem tem essa coragem, vamos lá!

Mas, não esperem pena; não me venham com apelo à piedade: esqueçam o chororô. Aliás, recentemente, troquei meu 38 por 50 bazucas. Levo, agora, 25 delas em cada mão...

Então, façamos assim.

No fundo, no fundo, vocês têm de entender o seguinte: o pior caminho é tentar me ameaçar. Essa coisa de me ofender, só desperta o meu lado escorpiônico – contra o qual eu luto, desesperadamente, todo santo dia.

Portanto, eu não chamei vocês de protozoários, de aberrações da natureza e de donzelinhas de beira de cais – ou vocês querem mais do meu amplo repertório? E vocês não ficaram tentando me transformar em traíra e covarde.

Convivamos, não é mesmo? Civilizadamente.

Porque, se não, vocês vão ouvir. Mesmo no anonimato. E, tenham certeza, eu consigo ser mil vezes mais virulenta do que todos vocês reunidos. Principalmente, se resolver abrir a minha caixinha de recordações. Até porque não vou mirar NC. Vou mirar quem deveria controlar a troupe, não é mesmo? FUUUIIIIIIIIII!!!!!!!!!!

7 comentários:

Anônimo disse...

oI, Ana Célia,

Tô com você e não abro.

Abraços,
Fátima Gonçalves

Carlos Barretto  disse...

Fazem o mesmo em meu blog, Ana. Só que no meu caso, como nunca servi a eles em nenhuma instância, procuram detalhes pessoais para supostamente me intimidar. Coisa que até o momento não conseguiram e isto os deixa mais furiosos ainda. E no desepero, deram agora para tirar uma de homoeroticamente orientados (para ser politicamente correto). Finalizam seus cometários com a prosaica afirmação:
"Beijinho, beijinho, tchau, tchau".
E o Barata, o Quinta Emenda, entre outros, todos vem recebendo bobagens deste gênero.
Pode?

jbrrds disse...

Pô, trégua logo agora? Logo agora que o circo começa a arder... circo, palácio, centro de convenções, inhangapi... égua, tá ficando muito paid'égua.

Ana Célia Pinheiro disse...

Obrigadão à Fátima e ao Barretto pela solidariedade.
Eu de minha parte decidi baixar o centralismo democrático: não vou mais publicar os comentários ofensivos desses canalhas - só se resolverem se identificar. Mas, tenho certeza, sem recurso ao anonimato, esses arremedos de gente não têm coragem de dizer nem metade do que dizem. Cansei da luva de pelica: agora, vai na bicuda, mesmo. Sinceramente, nunca vi tanta imundície. E o pior é que esses porcos se acham no direito de ofender a Deus e ao mundo. Basta a gente se opor à roubalheira, ao banditismo deles.
Beijinhos, Fatinha e Barrettinho.

Ana Célia Pinheiro disse...

Égua, Copulatum! Tu és mesmo um incendiário (ah, ah, ah)

Carlos Barretto  disse...

O mesmo também estou fazendo a partir de agora. Se quiserem a boa e velha discussão, estamos abertos. Mas partir pra patifaria e para canalhada, vão procurar a sua turma e fazer monólogos.
Recuso-me a fechar o importante canal de comentários anônimos por causa de meia dúzia de covardes. E é meia dúzia mesmo. Se quiserem comentar com seriedade, serão bem vindos. De outra maneira, rua.
Abs

Anônimo disse...

Ai coitado, ai coitada ! Ou vice versa.