quarta-feira, 5 de abril de 2006

Extra!Extra!

Assaltantes invadem fazenda
de sobrinho de Jatene



Deu, hoje, no jornal O Liberal: “Quatro homens armados invadiram, na manhã de ontem, a Fazenda K-8, pertencente ao empresário Eduardo Sales, e que está localizada no KM-9 da estrada Inhangapi-Castanhal. Um vaqueiro morreu e o gerente foi atingido por uma bala e levado para o hospital. A Polícia trabalha com a hipótese de ter sido apenas um assalto e começou as buscas aos homens”.

Longe da Perereca se meter no noticiário alheio. Mas faltam “detalhes” importantes – e interessantes - na citada notícia. O primeiro é que Eduardo Salles é sobrinho, em primeiro grau, do governador do Pará, Simão Jatene. O segundo é que a dita fazenda é apenas uma entre as quase 40 propriedades que adquiriu, desde 1997.

Gente boníssima, Eduardo tem invejável faro para negócios fundiários. Muitas de suas propriedades apresentam extraordinário potencial para o ecoturismo, porque situadas à beira de rios e igarapés. E esse potencial, por sorte, deve melhorar muito mais com o projeto executado, em Inhangapi, com o apoio do Governo do Estado, de fomento à piscicultura na região.

Outro tanto das terras de Eduardo fica à beira de estradas, hoje, graças a Deus, já asfaltadas pelo Governo do Estado. E há terrenos, ainda, que foram, inclusive, atravessados por linha de transmissão de energia, rendendo boas indenizações.

A Perereca vai tomar um banho no rio Jordão, com o sabonete da salvação, para ver se consegue ser tão abençoada.

4 comentários:

Anônimo disse...

È Pará Isso!!!
Temos também: haras, fazendas na costa de Marudá.
È o jeito PSDB de governar, é o tal Projeto. Vai pastar pescador.

Anônimo disse...

Eu tenho fé, que ainda serei sobrinho de um Governador.....

Anônimo disse...

Aprendi em filosofia que devemos desconfiar do que nossos olhos nos mostram. Tudo pode ser uma mera visualização que o cérebro humano provoca. Porém, lembro-me que o jornalismo me leva a desconfiar do poder, sempre que ele mostra suas garras. Independente das cores partidárias, acredito que esse sujeito deve ter jogado bastante na megasena — e fora do Estado, uma vez que ainda não tenho em meus arquivos recentes a premiação de alguém que tenha recebida tamanha quantia na loteria e que seja do Estado do Pará. O fato de ele ser ligado à algum político já levanta suspeitas por si só.

Entretanto, isso me leva a rever o particularmente enriquecimento de outro político paraense: Jáder Barbalho. Ele, que afirma só ter trabalhado para o Estado, tem alguns números de crescimento financeiro intrigantes: Um jornal, Uma retransmissora de TV, Três estações de rádio, além de um sem número de fazendas e propriedades. Eu me pergunto: como esse pessoal consegue dormir à noite sabendo que este dinheiro não lhes pertence? Pelo menos eu acho que não, uma vez que trabalham ligados à políticos.

Mas isso não é tão intrigante quanto a confiança que esses caras geram no povo. Como ainda conseguem acreditar que eles têm reputação ilibada? está certo que devemos acreditar na humanidade, mas quando desviam dinheiro que se esvai do meu bolso — sim, meu, porque qualquer pessoa que pague impostos está dando dinheiro para o governo e eu pago quando compro qualquer coisa — e eles simplesmente me fazem pagar cada vez mais impostos. Coisas que deveriam ser mais baratas, produtos que poderiam gerar mais empregos, simplesmente se tornam proibitivos apenas porque essas pessoas ludibriam o povo em época de eleição para se apoderar da máquina do Estado para furtar-lhe os recursos já parcos que temos que dar todos os dias.

Não sei muito bem o que posso afirmar nessa discussão acalourada que se propõe aqui. Mas certamente a primeira convicção é a de que acreditar nos políticos é, no mínimo, ingenuidade. Pelo menos nessas velhas aves de rapina, não!

Ana Célia Pinheiro disse...

Bruno, querido, você só me honra com a sua presença. Obrigada pelo comentário. Espero ser sempre merecedora da sua participação. Bjs, Ana